Desde a fundação da Patrick Thompson lda em 1957, já passaram largas décadas, mas ao celebrar 60 anos de actividade em 2017, fomos saber as razões do fundador, Patrick Thompson, nascido em Lisboa em 1925.
O que o levou a formar a PTL para focar no enchimento de vinhos? Depois de alguns dissabores no ramo de exportação de fruta fresca - não me esqueço de uma ocasião em que tive um barco inteiro de belíssimos pêssegos nacionais a apodrecer numa doca em Liverpool porque os estivadores estavam em greve - e porque já tinha boas amizades, estabelecidas no ramos dos vinhos do porto, pareceu na altura ser uma boa ideia. O engarrafamento de vinho era até então quase completamente manual mas começava a surgir interesse em equipamentos semi-automáticos e posteriormente automáticos. Com alguma experiência prévia em maquinaria fabril, achei que o sector do vinho podia ser interessante. Quais foram os seus objectivos e ambições para a empresa quando começou? Essencialmente queria independência e autonomia, depois de alguns anos a trabalhar numa empresa familiar que acabou por ser absorvida por uma multinacional. Não era um ambiente de trabalho que pudesse apreciar naquela altura, e quis criar o meu próprio negócio. Quanto tempo depois de formar a empresa sentiu a necessidade de procurar um sócio? Foi na volta de uma viagem de negócios a Milão em 1959 - com varias encomendas em mão - que senti a necessidade de ter um apoio administrativo que pudesse gerir a empresa enquanto eu realizava o trabalho de vendas. Naquela altura, eu tratava de tudo, desde a concepção das linhas (que nessa época era bem mais rudimentar!) até em muitos casos a montagem em si. Pegava no manual das maquinas e e punha as a trabalhar. Era óbvio que tinha de ter alguém que pudesse tratar da empresa enquanto eu tratava dos clientes. Foi nessa altura que me foi apresentado o Sr Brian Mollet, sócio e parceiro até hoje. Estava à procura de que tipo de sócio e porquê? Precisava de alguém organizado que pudesse tratar do trabalho administrativo e da contabilidade. Eu andava sempre de uma adega para outra e a lidar com fornecedores, com pouco tempo para tratar de tarefas no escritório. O Sr Mollet foi um grande aliado em ajudar também a focar nos vinhos e no enchimento em particular. Eu tinha muitas ideias - ideias a mais! - e com a capacidade de organização dele foi possível consolidar as representadas que melhor serviam os nossos clientes. Passados alguns anos, com o crescimento do departamento técnico precisávamos de um mecânico competente e por grande sorte conheci o Sr Manuel Rodrigues, que rapidamente ser revelou muito mais do que isso e é hoje o nosso director técnico e sócio na empresa. Não me parece que aja alguém no nosso sector com mais experiência do que ele! Quais foram as maiores dificuldades em crescer o negócio e angariar clientes? A empresa cresceu essencialmente à custa de muito trabalho e da incompetência da concorrência na altura. Numa ocasião, vendi uma das maiores linhas de enchimento da época porque um vendedor concorrente tinha apresentado um trabalho da PTL como sendo o dele, e o dono da empresa em questão até duvidou de mim na altura. Quando ficou a saber que tinha sido de facto a PTL a montar a linha que tinha visto, fechou logo o negócio e manteve-se sempre fiel à nossa empresa até se reformar! A PTL nunca trabalhou na base do preço mais baixo mas sempre com a ideia de prestar o melhor serviço e a melhor solução possível ao cliente, com rigor e integridade. Eu sei que houveram alturas em que não ganhamos o negócio por esta razão, mas hoje em dia contamos com inúmeros clientes que depois de inicialmente não terem avançado com propostas nossas vieram a ser parceiros inquestionáveis, e isso é muito gratificante depois de tantos anos! Os comentários estão fechados.
|
Receba por EmailMantenha-se a par dos últimos desenvolvimentos no sector de enchimento e rotulagem alimentar.
Categorias
Tudo
|